Trata-se de um filme que relata a relação do artista plástico Vik Muniz e de uma Associação de Catadores de Material de Reciclado do Jardim Gramacho, maior aterro sanitário do país.
Desta relação nasceram obras de arte plástica, fotografias, exposições e uma forma de divulgar o trabalho dos catadores de material reciclado, suas rotinas, esperanças e sonhos.
Os diretores do documentário tiveram a preocupação de mostrar como a presença destas pessoas - os catadores - na elaboração e criação das obras de arte nascidas de suas vidas no lixão infuenciou o modo como elas encarariam o futuro dali por diante. A passagem de um ser do lixo para um ser da Arte, como uma auto recriação do sujeito.
Um deles, Tião, presidente da Associação, faz uma leitura comparativa fantástica do livro "O Príncipe", de Maquiavel, que ele encontrou no aterro e teve o trabalho de secá-lo atrás da geladeira. A comparação feita relê a relação de liderança dos traficantes das várias favelas da região, uma releitura que não precisou de titulação acadêmica, mas de experiência de vida.
Este documentário foi indicado ao Oscar, e embora eu nunca tenha tido como referência esta premiação, torci muito por ele. Este Rio de Janeiro mostrado no vídeo não é o mesma cidade das novelas do manoel carlos, e acho que só a indicação já fez com que ganhássemos muito, pois fez o restante do mundo conhecer esse pessoal que não trabalha com lixo, mas com algo que gera vida.
APSR.
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